Alunos da Maré passam mal sem ar condicionado e ventilador

Fiscalização com Sepe revela que aparelhos não funcionam

 

Pelo menos três crianças, por semana, passam mal por causa do calor, apenas na Escola Municipal Olimpíadas 2016, na Nova Holanda. Os aparelhos de ar condicionado da  unidade, no Complexo de Favelas da Maré, não funcionam desde 2018. A maioria dos ventiladores está quebrada. Há salas que não possuem o equipamento. Foi o que constatou o vereador Dr. Marcos Paulo, em fiscalização à unidade nesta terça-feira (21/03), junto a representantes do Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe).

Os alunos de uma das salas chegaram a fazer um abaixo assinado e entregaram, hoje, aos representantes do Sepe. Segundo a entidade, o cenário de descaso se repete na maioria das unidades escolares da rede de educação pública municipal no Complexo da Maré.

Com um termômetro, o vereador Dr. Marcos Paulo marcou a temperatura na escola, que chegou a 36°C. A sensação térmica atingiu os 42° C na sala dos professores. Durante a fiscalização, os próprios alunos denunciavam as condições precárias a que são submetidos, confirmando que muitos não aguentam e têm problemas de saúde.

O vereador Dr. Marcos Paulo marcará uma audiência pública para que a Prefeitura solucione esses problemas o mais breve possível:

Vou cobrar oficialmente explicações ao prefeito. ão podemos permitir isso, pois o futuro dessas crianças está em jogo. Fico imaginando as crianças que ficam sete horas aqui dentro. É um desconforto absurdo: crianças passando mal, professores passando mal. Hoje mesmo algumas crianças passaram mal e os responsáveis foram chamados. A gente percebe total insalubridade – enfatizou o vereador.

A coordenadora-geral do Sepe, Samantha Guedes, que esteve presente na fiscalização, destacou que as condições insalubres para o alunos e professores contribui para problemas de aprendizados dos jovens e afastamento dos professores por problemas de saúde:

Na inspeção, a gente percebeu que não tem condições nenhuma da sala de aula comportar os alunos com essa insalubridade. Ouvi relatos de que estudantes chegaram a expelir sangue pelo nariz, por causa do calor excessivo. Hoje, um passou mal.O calor afeta o aprendizado cognitivo destas crianças. Sem falar das condições de trabalho do profissional – explicou a coordenadora-geral do Sepe.

Vereador Dr. Marcos Paulo